quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Crime e Castigo!!!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Estou afim de falar hoje sobre a história de Rodion Românovitch Raskólnikov, jovem estudante e professor de línguas, muito pobre e que vive angustiado pela sombra de se tornar alguém melhor ou fazer algo importante. Ele tem uma visão de que em prol do avanço humano o homem que ele intitula como “extraordinário” tem o direito de passar até mesmo por cima das leis para alcançar seus objetivo e seguindo este preceito - fazer algo que mude a sociedade ou em prol dela - o personagem planeja, em meio a uma luta consigo, a morte de uma agiota e, finalmente, cumpre-o. Ele rouba algumas jóias da casa da agiota, mas não chega a usufruir deste ganho, e sentindo-se arrependido enterra-as sob uma pedra.
Diversas histórias se desenvolvem de maneira paralela à principal, entre elas um romance da irmã do personagem Raskólnikov e as relações do personagem com Sônia. Entretanto, o personagem por fim confessa o crime que cometera. A confissão deveu-se, principalmente, à enorme influência de Sônia, que, antes disso, compartilha com Raskólnikov algumas leituras do Novo Testamento.
Por fim, Raskólnikov é preso. Porém, devido à sua confissão, arrependimento e ótimo antecedentes, sua pena acaba por ser reduzida a oito anos em uma cadeia na Sibéria. Durante tal período, Sônia, personagem que a partir de certo momento segue Raskólnikov em todas as situações, manteve-se muito presente, servindo até mesmo de mensageira a sua família em São Petesburgo.
Acho que com esse breve resumo já se tem uma idéia de como realmente é este livro, tem uma parte de livro que me deixou fascinado por ele e vou colocar no final do post. Tem pessoa que ao ler um livro se identificam muito com seu personagens foi o que ocorreu no meu caso em relação a Raskólnikov, não sei bem como foi mais eu senti uma grande dualidade ao interpreta ele o que me fez não desgrudar os olhos desse maravilhoso escrito!!!!!

Trecho do livro:

“A velha foi um absurdo!”, continuou, “a velha foi mesmo um erro, não se trata dela! A velha não foi mais que um acidente... eu queria dar um salto o mais breve possível... Não foi uma criatura humana que matei, foi um principio! Efetivamente matei um principio, mas não soube passar por cima do obstáculo, fiquei do lado de cá... Não soube senão matar... E ainda assim parece que não fui muito bem... Um principio? Por que é que esse imbecil do Razumíkhin censurava ainda há pouco os socialistas? Eles são laboriosos homens de negócio; ocupam-se da ‘felicidade geral’... Não, eu só tenho uma vida, não posso espera a ‘felicidade universal’. Quero viver para mim mesmo, de outra maneira não vale a pena existir. Não quero viver ao lado de uma mãe faminta, guardando meu rublo no bolso, à espera da felicidade universal! ‘Levo’, dizem, ‘a minha pedra ao edifício da felicidade universal e isso basta para tranqüilidade do meu coração.’ Rá!Rá! Então por que se esqueceram de mim? Visto que só viva uma vez, quero minha parte da felicidade imediatamente... Ah, sou um piolho esteta, nada mais!”, acrescentou subitamente, rindo como um louco; e agarrou-se a essa idéia, experimentou um prazer acre em esquadrinhá-la em todo os sentido, a voltá-la sob todas as faces, a brincar com ela. “Sim, com efeito, sou um piolho, primeiro, exatamente porque estou refletindo agora se sou ou não; depois, porque durante um mês inteiro importunei a Divina Providência, tomando-a por testemunha de que me resolvia aquela empresa, não para procura satisfações materiais mais tendo em vista um fim grandioso, he, he! Em terceiro lugar, porque na execução quis proceder com a maior justiça possível: entre todas as pragas, escolhi a mais nociva e, matando-a, contava encontra na casa dela exatamente o que me era preciso para garantir a minha entrada na vida, nem mais nem menos (o que sobrasse iria para o mosteiro ao qual ela tinha legado sua fortuna); he,he!... Sou possivelmente um piolho”, acrescentou ele, rangendo os dentes, ”porque sou talvez ainda mais vil e mais ignóbil que a praga que matei e porque pressentia que, depois de a ter matado, diria isso mesmo! Há alguma coisa comparável a tal horror? Oh, baixeza! Oh, vergonha! Oh, como compreendo o profeta, a cavalo, de alfanje em punho! É Alá quem manda: obedece, ‘trêmula criatura’. Tem razão, tem razão o profeta, quando dispõe a sua tropa no campo e fere indistintamente o justo e o pecador, sem nem mesmo se dignar a explicar-se! Obedece, trêmula criatura, e livra-te de desejar, porque isso não te é dado... Oh, nunca, nunca perdoarei a velha!...”

Bom essa ai foi a parte do livro que mais me tocou, vou terminando por aqui hoje e espero que gostem do livre se forem ler.

Abraço a todos!!!

3 comentários:

Anônimo disse...

já tinham me falado sobre esse livro, infelizmente ainda não tive a oportunidade de telo em mãos para usufluir de sua leitura , mas assim que tiver essa oportunidade opinarei melhor sobre o livro.

Fabio Comics disse...

Muito bom livro, tá mandando bem no seu blog rapaz...continue assim!!!

Fernanda Matos disse...

Ótima indicação de leitura!

Clássicos são clássicos e não se fala mais nisso... rsrs!

Obrigada pelo seu comentário no meu blog!

Abraços!

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